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Sobre Praia Grande

Praia Grande é um município na Região Metropolitana da Baixada Santista, Litoral Sul do estado de São Paulo, Brasil. Integra a Região Imediata de Santos e sua população aferida na revisão censitária do IBGE em 2010 era de 262 051 habitantes. Na estimativa do IBGE para 1.º de julho de 2021, a população de Praia Grande era de 336 454 habitantes.[1] É a terceira cidade mais populosa do litoral paulista, depois de São Vicente e Santos. Com uma área de 149,652 km², a densidade demográfica em 2010 era de 1 781,87 habitantes/km².[1] A densidade estimada para julho de 2021 era de 2 248,2 habitantes/km². O município é formado pela sede e pelo distrito de Solemar.[4][5]

Saiba mais

A cidade de Praia Grande tem uma das praias mais movimentadas do Brasil, tendo sido eleita pelo Ministério do Turismo como a quarta cidade que mais recebe turistas no país durante a temporada de verão, depois de São Paulo, Rio de Janeiro e Florianópolis.[6] Na alta temporada recebe cerca de 1,86 milhão de turistas[7] (mais de cinco vezes a sua população fixa). A cidade também teve uma rápida expansão, com crescimento de 56 000 habitantes entre 2000 e 2009, recebendo, em 2015, o título de “a cidade que mais cresce no Brasil”.[8]

Praia Grande é um dos 15 municípios paulistas considerados estâncias balneárias pelo governo paulista, por cumprirem determinados pré-requisitos definidos por Lei Estadual. Existem outros municípios, que não sendo estâncias balneárias, ainda assim são estâncias turísticas. Tal status garante a esses municípios uma verba maior por parte do estado, através do Departamento de Apoio às Estâncias do Estado de São Paulo, para a promoção do turismo regional. Também, o município adquire o direito de agregar, junto a seu nome, o título de “estância balneária”, termo pelo qual passa a ser designado tanto pelo expediente municipal oficial quanto pelas referências estaduais. [carece de fontes]

Praia Grande forma, junto com os municípios de Bertioga, Cubatão, Guarujá, Itanhaém, Mongaguá, Peruíbe, Santos e São Vicente, a Região Metropolitana da Baixada Santista, criada pela Lei Complementar 815, de 30 de junho de 1996, tornando-se, assim, a primeira Região Metropolitana brasileira criada sem status de capital estadual. A região possui 1 765 927 habitantes, conforme atualização do Censo do Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística divulgado em 2013.[9]

História
Antecedentes

Entrada da Fortaleza de Itaipu, construída no início do século XX.

Forte de Jurubatuba, inaugurado em 1919.
Até a chegada dos portugueses, no século XVI, as terras do atual município eram habitadas pelos índios tupiniquins.[10] A região foi uma das primeiras colonizadas pelos portugueses no Brasil, quando da chegada de Martim Afonso de Sousa no litoral de São Paulo em 1532. Martim Afonso funda a primeira vila brasileira, São Vicente, da qual o território que pertenceria a Praia Grande foi parte até 1967.

No século XVI, Praia Grande, que estava estrategicamente localizada entre São Vicente e Itanhaém, foi caminho do padre José de Anchieta, quando este viajava para Itanhaém. Nessa época, a região do município era conhecida como “Praia da Conceição”.[11][12]

No século XVII, na região em que hoje se situam os bairros do Boqueirão e do Canto do Forte, forma-se um núcleo populacional de caráter essencialmente agrícola e surgem vários sítios ao longo da atual orla de Praia Grande e no núcleo populacional anteriormente citado. Estes sítios produziam produtos agrícolas e artesanais, vendidos nas vilas de Santos e São Vicente. O transporte da produção era feito ou em canoas que percorriam o Rio Piaçabuçu até o Porto do Piaçabuçu, no atual bairro de Caieiras, ou saindo de São Vicente e chegando num porto, hoje localizado na atual região do Portinho.[11][12]

No início do século XX, com a abertura da Fortaleza de Itaipu (1902), da Estrada de Ferro Santos-Juquiá (1912) e, principalmente, da Ponte Pênsil (1914), investidores imobiliários se interessam pela faixa de 22,5 km de praias contínuas, que mais tarde seria a cidade de Praia Grande, e os sítios começaram a ceder lugar aos primeiros loteamentos. Nessa época, os banhos de mar em Praia Grande eram recomendados com fins terapêuticos, para tratar da saúde, por conta da concentração de iodo, mas, com o passar do tempo, o banho de mar com fins terapêuticos foi perdendo importância.

Emancipação
O movimento pela emancipação política de Praia Grande começou na década de 1950, devido à infraestrutura precária, com falta de saneamento básico, escolas, transporte, hospitais, abastecimento de água, luz e vias de acesso, mas houve resistência por parte de São Vicente. Em 1963, houve um plebiscito sobre a emancipação de Praia Grande, no qual a grande maioria da população votou a favor da emancipação.

Em 19 de janeiro de 1967, Praia Grande se desmembra de São Vicente, tornando-se um município, e o engenheiro Nicolau Paal foi nomeado interventor federal no município, com instalação provisória da prefeitura no Ocian Praia Clube. A primeira eleição municipal em Praia Grande foi realizada em 15 de novembro de 1968, tendo como prefeito eleito Dorivaldo Loria Júnior.

Desde a década de 1960, Praia Grande recebia o turista de um dia, que vinha à praia para se divertir no mar. Não havia infraestrutura turística para atender o número de turistas. Vários ônibus chegavam e ficavam ao longo da praia. As famílias traziam o que comer e não se importavam com o lixo que produziam, sujando a areia, o mar, as ruas e as praças.[13][14]

Depois da emancipação, a cidade acelerou levemente o ritmo de crescimento experimentado desde a década de 1950, ganhando maior qualidade em seus serviços públicos, dada a proximidade do poder municipal com a realidade da população local.[carece de fontes] Na década de 1980, a cidade ganhou novo impulso para seu crescimento, com a inauguração da Ponte do Mar Pequeno (no trecho final da Rodovia dos Imigrantes), ligando a ilha de São Vicente à cidade, e resolvendo dois problemas de uma só vez: além de desafogar o trânsito na saturada Ponte Pênsil, a cidade ganhava uma ligação direta à capital, sem a necessidade de se passar pelas cidades de Santos e São Vicente, a fim de acessar a Via Anchieta, então a única opção para se chegar à capital. Assim, Praia Grande passou a ser o balneário mais próximo da capital.

No entanto, esta facilidade de acesso trouxe grandes inconvenientes, que viriam a ser solucionados a partir de 1993, quando a cidade iniciou uma verdadeira revolução: o sistema de transportes foi totalmente remodelado, mais de 90% das ruas foram pavimentadas, o esgoto iniciou uma expansão em coleta (que começou com 60% dos domicílios, com previsão de chegar a 100% até 2012), sendo tratado e arremessado a mais de 3 km da costa, a orla da praia e os principais pontos turísticos foram totalmente reurbanizados, proibiu-se a entrada de ônibus de excursões sem prévia licença da prefeitura, o sistema viário foi totalmente revisto e readequado (foi construída a Via Expressa Sul) e foi incentivado o turismo, o comércio e, principalmente, a construção civil, em intervenções que ocorreram até 2006.[carece de fontes]

Eleições de 2008
O resultado da eleição municipal de 2008 foi discutido na justiça por conta de suspeitas de compras de votos. Após um coordenador da campanha da eleição de Roberto Francisco dos Santos ter admitido participação em um esquema de compra de votos, a 317ª Zona Eleitoral de Praia Grande chegou a decidir, em primeira instância, pela cassação do mandato de Santos em 21 de outubro de 2009, mas o então prefeito conseguiu liminar para se manter no cargo até o julgamento final.[15] Em abril de 2010, o TRE de São Paulo julgou improcedentes as acusações de compra de voto contra o prefeito, decidindo que as provas contidas nos autos não possuíam credibilidade.[16]

Desentupidora na Praia Grande

Praia Grande, Litoral Sul de São Paulo – Desentupidora

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